sábado, 30 de agosto de 2008

Pessimismo como contra-revolução

De repente o sol morreu e a noite surgiu inevitável e cruel. Noite é martírio aos que sabem que o dia acabou imprestável e irrecuperável. Dor é saber que se perdeu mais um quinhão de vida; e que se perde em tamanha proporção que se a eternidade consistisse em reviver sua vida, vírgula por vírgula, segundo por segundo... Preferível seria a morte.

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Para e ouve: É sempre possível estar triste.Os mesmos tons; a mesma melodia de todo dia; varia com a polaridade do humor. Gratidão? Sinto um dia sim, um dia não. É quando todos estão felizes que se percebe mais facilmente a tristeza. É QUANDO ESTOU AQUI, neste mesmo canto de quarto que outrora me inspirava e hoje me pesa. Sou eu que não vivo. Minha relação simbiôntica faz da minha vida a vida de outra pessoa. Tem dias que se odeia sem razão. Outros não. Já não escrevo. Já não amo. Já não desejo. O que eu faço?
Boa pergunta....