Meio dia de pé. Não por gosto. O ponto alto é esperar pelos filmes da tarde – e sempre odiá-los é comum. Nessa de esperar, acabei por pegar gosto na reprise da novela. Gostava de ir à faculdade e gostava das companhias; não sei se posso dizer de igual acordo em relação aos dois, mas acho que não gosto mais. Gostaria de ter dinheiro mas não gostaria de trabalhar: nenhum trabalho me apetece. Quero o quê? Quero que mais do que eu queira por mim! Mas das pessoas que o fazem não quero. Quero beber todos os dias mas quando o faço me sinto trapo a ponto de desejar nunca mais beber. Minha alegria é tão polar. E essa polaridade é tão entorpecida em si mesma que vive a partir de coisa alguma; sintomas inidentificáveis.
Quero uma casa grande com pessoas o tempo todo. Mas quero também poder ficar sozinho. Quero uma mulher. Mas quero também ficar sozinho. Quero filhos. Mas quero também ficar sozinho. Quero tudo que possa ser tirado do nada. Quero a contradição ambulante que vive pérfida em sua felicidade química. Quero a cura dos males do mundo – quando não quero que ele se exploda. Quero querer menos e realizar mais.
Quero uma casa grande com pessoas o tempo todo. Mas quero também poder ficar sozinho. Quero uma mulher. Mas quero também ficar sozinho. Quero filhos. Mas quero também ficar sozinho. Quero tudo que possa ser tirado do nada. Quero a contradição ambulante que vive pérfida em sua felicidade química. Quero a cura dos males do mundo – quando não quero que ele se exploda. Quero querer menos e realizar mais.